terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Critica: O Jogo da Imitação (2014)

Cinebiografia sobre o pioneiro nas ciências da computação, Alan Turing, é fiel até onde pode, mas acaba adotando uma abordagem preguiçosa do gênio antissocial, comum em cinebiografias do gênero que fazem parte do catalogo dos últimos anos. O filme começa com um interrogatório a Turing, este que trata da acusação por indecência praticada pelo gênio, o dialogo tem seu corte onde a história realmente começa, num suposto assalto, não confirmado por Turing, a sua casa. Até o momento a trama se encontra coesa.




A história do filme foca no desenvolvimento da Maquina de Turing (como engenheiros e cientistas gostam de chamar) para resolver o Enigma, uma maquina que descriptografa mensagens enviadas de nazistas para nazistas, afim de trocar estrategias. O problema se encontra na chave de criptografia que é trocada a cada noite.

A direção é competente no que diz respeito a fotografia e a passagem de tempo durante o filme, mas peca em alguns momentos no desenvolvimento dos coadjuvantes, que muitas vezes não tem a atenção necessária para um aprofundamento fundamental na trama.

A atuação de Benedict Cumberbatch, que dá a vida a Turing, como sempre é primorosa e ele faz o possível para tornar a trama o mais verossímil possível, e sim, ele a torna. 
Keira Knightley (que assume o papel de Joan Clarke, confidente de Turing) também cumpre bem seu papel e deixa as atuações rasas e repetitivas de filmes anteriores para trás, assumindo um papel de destaque entre coadjuvantes sem muita profundidade. Para aqueles que não perdem um bom filme biográfico, O Jogo da Imitação é um prato cheio, que tem seus defeitos, claro! mas como toda adaptação, ainda mais quando se trata de adaptar a vida e os feitos de um gênio multifacetado como Alan Turing o precursor da computação.

NOTA: 4/5

Direção: Morten Tyldum
Ano: 2014
Alan Turing: Benedict Cumberbatch